Estou dentro do carro, numa garagem de um prédio, esperando meu marido chegar, o qual foi ver um trabalho, mas eu preferi ficar, para tentar colocar algumas palavras neste papel. Mas nada sai, a minha expiração se foi dentro do selênico que me rodeia, entre as fileiras de carros, que estão no meu lado esquerdo, um de cada cor, e as paredes brancas desta garagem.
Á minha frente posso ver o verde das folhas de uma arvore e outra, pelos buracos da grade da parede da garagem, só que estas estão meio sem luz, porque está chuviscando. Então eu abro o vidro do carro e sinto o ar úmido com o aroma de terra molhada, bater suavemente no meu rosto.