segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A menina e a pequena pedra


 
Eu sou uma menina de sete anos de idade, moro na encosta de uma linda montanha. Enfrente de minha casa têm um lindo vale, com lindos campos, que na primavera ficam floridos com lindas flores campestres de varias cores, como amarelas brancas, laranjadas, e entre outras.

Da janela de minha sala, vejo uma linda montanha, com vários pinheiros, eucaliptos, sobreiros entre outros. Mais ao fundo da montanha passa um lindo rio entre os campos e ela. Dois lados do rio têm umas lindas arvores que se chamam amieiros.
O meu avô é tamanqueiro, ele usa a madeira dos amieiros, para fazer tamancos, soques, etc. De vez em quando ele precisa ir ao Rio para cortar os amieiros, e quase sempre me leva com ele. Pois eu adoro ver a beleza do Rio que me deixa muito feliz, me trazendo alegria para a minha vida.
Para chegar até ao Rio, é preciso pegar um caminho entre a montanha. Este está coberto de folhas secas que caiaram dos sobreiros, carvalhos, pinheiros, eucaliptos entre outros, formando um lindo tapete marrom. Toda a montanha está coberta de fento bem verdinho, com suas folhas de forma de espinha de peixe.
 Aqui o silêncio é tanto, que ainda a uns dois quilômetros de distancia do Rio, se escuta as suas águas que descem numa serenidade, que me faz sentir uma paz dentro de meu ser. 
Chegando mais perto vejo suas águas tão límpidas que me limpam a minha alma, elas são tão transparentes, que posso ver as lindas pedras redundadas, de varias cores e formas, pequenos grãos de areia, poucas trutas que brilham tanto, que parecem vários pontos de luz.
Vejo as arvores refletindo nas suas águas, nas margens tem pequenos fentos entre outras pequenas plantinhas. O sol bate na água formando um lindo tapete branco, que sinto como se ele quisesse me aconchegar com a sua beleza.
Toda a vez, que eu venho ao Rio com o meu avô, eu fico super feliz em desfrutar de toda esta beleza. Pois o aroma das arvores, das flores e o vento suave cariciando o meu rosto, me trazem uma paz, uma serenidade que fazem aquietar o meu interior, com tanta felicidade, que me fazem sentir muito especial, me dando o seu amor, que sinto brotar em meu pequenino coração com toda a força.
Hoje eu estou sozinha com o meu avô, a minha mãe e minha avó saíram. O meu avô é uma pessoa linda, da qual gosto muito. Sinto em meu coração todo o carinho que ele sente por mim.
Eu me sinto muito feliz, em estar desfrutando de sua companhia, mas eu queria algo mais, queria ficar com meninas de minha idade. Pois estou com saudades de brincar, de fazer coisas de criança. Então eu pedi a meu avô, que me levasse à casa de minhas primas, porque as queria muito ver. Ele me prometeu que me levaria mais tarde, depois que fosse com ele ao Rio.
Mas hoje eu não estou com muita vontade de ir até ao Rio com o meu avo, eu queria muito ir á casa das minhas primas, brincar com elas, e matar as saudades. Então insisti com ele, para que me deixasse ir sozinha, pois eu sabia o caminho. Mas ele me disse que sozinha eu não iria, porque no caminho da montanha, tinha raposas e lobos, que iam me pegar.
Ele não me convenceu, deixei passar algum tempo, onde percebi que meu avô não queria me levar lá, e muito menos me deixar ir sozinha. Toda a via, a vontade de ver e estar com as minhas primas é tão grande, que esperei uma distração de meu avô,  e fugi.
Peguei o caminho entre as casas, as quais me deixam tranqüila. Andei uns dois quilômetros, e me deparei com dois caminhos, que levam a casa de minhas primas. O caminho de cima, pelo meio da montanha e caminho debaixo, que tem casas, de um lado e do outro.
Eu fiquei com uma difícil decisão, se fosse pelo caminho da montanha chegaria mais rápido, mas se os lobos aparecessem; e se seguisse pelo caminho debaixo, é mais seguro, mas é mais longe e chegaria lá já muito tarde.
Fiquei pensando por um tempinho, decidi então seguir pelo da montanha, mas ao colocar o pé no seu caminho me lembrei do que meu avô tinha me falado. Fiquei com medo e resolvi voltar para casa, quando olho para o chão e vejo uma pequenina pedra que cabe na palma de minha mão, a peguei e na mesma hora me enchi de coragem e segui em frente.
Logo depois que entrei na montanha, começo a escutar os passarinhos catarem, mas conforme eu vou andando o seu canto vai ficando cada vez mais fraquinho. Olho para um lado e para um outro, para ver se vejo os lobos, mas não vejo nada. Olho para as arvores que estão balançando com o vento, fazendo que sua leve e fria brisa tocasse o meu rosto.
De repente escuto um canto saindo de dentro da montanha, que entoava assim, cuco, cuco... Assustei-me tanto, que pensei em não ir mais ver as minhas primas, e voltar para junto de meu avô. Toda a via, algo dentro de mim falou mais alto: - estou com esta pedra, e nada vai me assustar, pois se os bichos da montanha aparecerem, eu os afasto com ela.
Votei a seguir o meu destino com a certeza que ia conseguir, pois não tenho mais medo, porque tenho esta pedra, que vai me proteger de todo o perigo.
 Enquanto eu caminhava escutava vários estalos, que me assustavam, então eu caminhava mais rápido que podia. Os estalos eram as pinhas dos pinheiros abrindo para jogar os pinhões, e os estalos mais fortes eram as pinhas caiando na montanha.
Conforme eu andava mais rápido, e pisava nas pequenas folhagens secas das arvores, de cor marrom, faziam o som como se alguém estivesse andando atrás de mim. Então eu comecei a correr, mas quanto mais eu corria mais forte eu escutava este som, até que finalmente cheguei ao final da montanha.
Fiquei super feliz, porque consegui chegar ao fim do caminho, mesmo morrendo de medo que os lobos e raposas me pegassem. Mas encontrei a força e a coragem de segui em frente nesta pequenina pedra, que me ajudou a chegar ao fim do meu caminho.
Olhei para minha mão, fiquei observando a pedra por alguns segundos, e disse para mim mesma: - Graças a Deus consegui chegar até aqui, meu avô falou que tinha lobos e raposas, só para me colocar medo, para eu não sair de casa. Mas esta pedra me ajudou, agora não preciso mais dela, vou deixa-la aqui mesmo, no finalzinho do caminho da montanha, e vou seguir o restante do caminho sem medo de nada até a casa de minhas primas.
Quando cheguei á casa delas já era quase noite, o sol já está se escondendo atrás da montanha. Qual foi a minha decepção quando senti em meu coração que minhas primas não ficaram felizes em me ver, pois elas esperavam alguém muito mais importante para elas do que eu. Então fiquei muito triste por sentir que eu não passava de apenas uma menina que só era bem vinda, quando não tinham mais ninguém.
Não demorou muito, e o meu avô veio me buscar. Qual foi a minha felicidade ao vê-lo, pois senti mais uma vez em meu pequenino coração, o quanto ele é especial para mim, e o quanto me quer bem, corri para os seus braços o abraçando, com coração cheio de alegria e felicidade.
Nós dois voltamos para casa, mas ao chegarmos perto da montanha, eu vi a pedra que tinha deixado e a peguei novamente, disse para o meu avô, para irmos por lá, mas o meu avô não quer, pois já é noite, então eu insisti e lhe disse: - avô não tenha medo pois os lobos não vão nos pegar, porque eu tenho esta pedra que vai nos proteger, mas se eles vierem, eu lhes dou com ela. Meu avô sorriu, e veio comigo. Eu levei a pedra comigo a até ao meio do caminho, mas lá eu a joguei fora, porque já tinha pegado toda a sua força e coragem. Deus já não estava mais naquela pequenina pedra, mas dentro do meu coração. A partir deste dia nunca mais tive medo de coisa alguma, porque através daquela simples e pequenina pedra, eu reconheci a força e o Amor de Deus, e senti o quanto Ele me ama de verdade.




Caros amigos assim que poder irei visita-los em seus lindos e encantadores recantos. Estou Cuidando de um probleminha de saude que me impedindo de ficar muito tempo na frente da telinha. 
Mas assim que poder voltarei com muita alegria.
Abraço amigo para todos vocês.
Com muito Carinho
Maria Alice
 

9 comentários:

  1. Lindo o texto em que a narradora é esta menina linda que transparece em cada uma das suas palavras! Bjs e uma linda semana!

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  2. Maria Alice Querida!

    Como você está?
    Estou torcendo para que fique recuperado logo!
    Tenha uma linda semana!

    Beijos!

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  3. Oi Maria Alice!
    Lindo lindo seu conto!
    Adorei! O amor de Deus ilumina nosso caminho e nos faz mais fortes!
    Beijinhos e tudo de bom!

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  4. Linda a história que eu li em seu blog! E, cuide-se primeiro depois de recuperada tudo ficará mais fácil! Abraço, Célia.

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  5. Minha querida

    Um conto cheio de ternura...simplesmente maravilhoso.
    Desejo as melhoras rápidas e deixo um beijinho com carinho.

    Sonhadora

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  6. Desejo melhoras Maria Alice!

    Sei que você está fazendo como a menina, segurando a pedra.

    Beijos!

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  7. Parabéns epla linda estória e mensagem.
    Cuide-se e tudo dará certo.
    abração com carinho

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  8. Alice,que bela e instrutiva história de fé e amor!Linda e criativa sua menina!bjs,

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  9. Alice,que bela e instrutiva história de fé e amor!Linda e criativa sua menina!bjs,

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Muito obrigado pela sua visita ao mundo mágico do coração!
Seja sempre muito bem vindo!
Volte sempre...
Abraço fraterno
Maria Alice

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