segunda-feira, 5 de março de 2012

O pequeno pastor



Eu sou um rapaz de apenas 9 anos de idade, mora com minha avó, sua casa fica num lindo vale rodeado de lindos campos floridos e pomares com deliciosas arvores frutíferas.

Moro com minha avó porque meus pais acabaram de separar e meu pai foi para muito longe, e minha mãe não consegue atender ás minhas necessidades físicas e emocionais ela não consegue me amar como eu preciso me sentir amado por ela, que é o meu maior sofrimento. Pois desde o meu nascimento eu só conheci somente a dor, mas agora tenho o carinho, atenção e amor de minha avó, o que me faz sentir muito querido amado e feliz.
Ela cuida de mim com muita atenção e cuidado, faz com que eu ande sempre com a roupa limpinha, e bem alimentado. Pois não sinto mais fome como sentia quando estava em cassa de minha mãe, aonde saía para a rua mendigando um pedacinho de pão, o qual me o ofereciam e logo me o tiravam da frente de meus olhos, só para judiarem de mim.
Sou um rapaz muito arteiro, mas de muito bom coração, amo a natureza, as crianças, os velhinhos, principalmente os aleijadinhos, sempre que passo por um eu dou uma moedinha, e quando as minhas moedas acabam eu peço mais a minha avó, que me as dá de muito boa vontade.
Com minha mãe eu não aprendi nada de valor, apenas senti a dor da rejeição. Mas ao lado de minha avó, eu estou aprendo o valor da vida e o significado do amor.
Eu sou muito levado, e apronto muito, não faço por mal, mas para chamar atenção do amor de minha avó, ela ainda não entende bem o meu jeito de ser, por isso quando eu faço das minhas ela me dá cada bronca, mas em seguida ela enche meu coração de alegria com a presença de seu carinho.
Quando eu apronto mesmo de verdade, ela quer me bater para eu apreender a ter respeito, crescer no amor e que nem tudo parece ser o que é, mas para eu não apanhar eu subo na arvore mais próxima e fico brincando com ela, só que ela não está para brincar, então faz de conta que esqueceu do que eu fiz, só para eu descer. Já cansado de estar em cima da arvore eu desço, é quando minha avó me castiga de verdade, não por maldade, mas para eu aprender que nem tudo eu posso dizer e fazer, e que devo compreender, e aprender a diferenciar o certo do errado e o bem do mal, tanto para mim, como para quem está convivendo comigo e para todos os meus semelhantes.
Minha avó quer que eu cresça na fé e na Graça de Deus, para isso ela me coloca no catecismo, ela quer que eu aprenda a ler e a escrever, então me matricula no colégio, ela quer que eu aprenda a ter responsabilidade, por conta disso, todas as tardes, ela me faz levar as ovelhas para pastorar entre campos e montanhas, me tornando assim um pequeno pastor.
Quando está chovendo e não dá para ir pastorar as ovelhas, minha avó aproveita a estiagem da chuva e me leva com ela para os panascos segar erva para alimentá-las na corte, desta forma eu aprendi a cortar erva com a foice e a carregar grandes feixes nos meus pequenos ombros. Já em casa eu desfaço os feixes e dou pequenos molhos de erva para as ovelhas as quais vem pega-las da minha mão, isso me faz tão feliz, me sinto como se estivesse num lugar tão bonito que não tenho palavras para descrevê-lo.
Sempre que levo as ovelhas para pastorar, eu levo os meus livros escolares para estudar, porque minha avó deseja nuito que eu me torne um grande homem e não um homem grande.
Na companhia das ovelhas eu me sinto muito feliz, porque sinto nelas o amor. Elas me fazem lembrar muito de mim, porque são muito ariscas e eu também o sou, agora elas estão aqui, daqui a pouco estão mais além, eu também não consigo ficar parado num só lugar por muito tempo. Eu amo ser livre como os passarinhos que voam pelo azul do céu, que eu tanto os admiro.

11 comentários:

  1. Alice,quanta docura e amor nessa história do pastorzinho!aDOREI!bOA semana pra vc!

    ResponderExcluir
  2. "O amor não é a semente.
    O amor é o semear."

    (Mia Couto )


    Beijo

    ResponderExcluir
  3. el azul del cielo, el mejor lugar del mundo, Magnifico.

    Luys.

    ResponderExcluir
  4. Poxa vida que menino abençoado, mesmo arteiro, é um pastor de ovelhas, um menino muito corajoso! Linda historia! abraços!

    ResponderExcluir
  5. Uma história plena de ternura, Gostei muito...
    Beijos.
    Élys

    ResponderExcluir
  6. Leyendo tu hermoso relato me he acordado de los "pastorinhos de Fátima". Maravillosa relacción de nieto y abuela. Una infancia traumática por la experiecia vivida en el seno del hogar, con sus padres. Una vida nueva de enseñanzas verdaderas y prácticas para convertirse en un gran hombre y no en un hombre grande.
    De verdad, Maria Alice, me ha encantado tu historia llena de Ternura y lecciones para la Vida con Mayúsculas.
    Un abrazo.

    ResponderExcluir
  7. Lindo...Quanta ternura...Belissima historia. Bjos achocolatados

    ResponderExcluir
  8. Vim agradecer seu votinho no concurso esconde esconde da amiguinha kika.
    Mamis esqueceu de deixar a regrinha
    1-seguir o blog da kika
    2-deixar no comentário o votinho com o meu nº47
    è que se fugir a regrinha o votinho não é válido...
    Estou seguindo seu blog...
    Muito grato,au...au...(meu jeitinho de agradecer)
    Tigre.

    ResponderExcluir
  9. Um texto gostoso de se ler.Nessa relação afetiva entre netos e avós há sempre muito que se aprender.
    Abraços,

    ResponderExcluir
  10. Obrigado por aderir aos meus seguidores!

    Bem haja!

    ResponderExcluir

Muito obrigado pela sua visita ao mundo mágico do coração!
Seja sempre muito bem vindo!
Volte sempre...
Abraço fraterno
Maria Alice

Postagem em destaque

Faça aqui o seu pedido de oração

Faça aqui o seu pedido de oração : Faça aqui o seu pedido de oração